sábado, 3 de setembro de 2011



DANÇA PARA MÃES COM BEBÊS
CURSO EXTENSIVO

Datas: 22/out, 29/out e 05/nov de 2011 (sábados)

Horário: 14h30 às 17h30
Local: Giraflor Danças Circulares – Rua General Carneiro, 1148. Alto da Glória, Curitiba-PR

Público
Mães e/ou pais com bebês até 10kg;
Gestantes / Casais grávidos;
Profissionais de artes e saúde (professores de dança, teatro, música, educação física, fisioterapeutas, pediatras, enfermeiros, psicologos, assistentes sociais, doulas, etc);
Interessados no trabalho com mães e bebês.

Objetivos
Conhecer e experimentar o sling;
Conhecer os benefícios do slingar através dos movimentos da dança circular;
Refletir sobre assuntos referentes a uma maternidade/paternidade ativa, consciente e respeitosa;
Explorar e incentivar a troca de experiências entre mães, pais e profissionais da área de saúde.

Investimento (consultar) inclui:
Wrapsling Carinho de Pano, CD de áudio, dvds, certificado.

Mas...
o que é um sling? Mulheres de várias culturas à volta do mundo utilizam há séculos suas kangas, xales, lenços e capolanas para portar seu bebê e trazê-lo junto a si desde que nascem. Há alguns anos, nos países ocidentais, essa maneira de carregar bebês foi adaptada e passou a ser conhecida como sling (ou babysling, pano de carregar bebês, echarpe, portage, baby wrap…). E, cada dia mais, esse tecido que serve como suporte ergonômico de colo para bebês, tem sido bastante divulgado pela sua praticidade e pelos inúmeros benefícios que trazem para a mãe e para o bebê.

Isabella Isolani :: Mãe da Ana Clara, professora e fundadora do Slingar e Dançar, praticante de yoga e dança circular. Ativista da gestação, parto e maternidade conscientes. Graduada em Educação Musical pela UFPR. Formada pelo Giraflor Danças Circulares, sendo também parceira do Espaço.

Mais informações, inscrições
Isabella Isolani (41) 8846-9471
www.slingaredancar.blogspot.com

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Isabella Isolani
(41) 8846-9471

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada

O texto abaixo foi retirado o site da Revista Época e nos leva a uma reflexão sobre o que nossos filhos merecem.
Vale a pena ler e se perguntar o que damo aos nossos filhos, desde material até emocional!
Beijos

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada
ELIANE BRUM
   Divulgação
ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê(Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua(Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.


(Eliane Brum escreve às segundas-feiras.)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Conceito da Continuidade


O Conceito da Continuidade
Segundo Jean Liedloff, o conceito da continuidade se refere à idéia de que, para alcançar um ótimo desenvolvimento físico, mental e emocional, os seres humanos —especialmente os bebês— necessitam viver as experiências de adaptação que são básicas para nossa espécie no processo de nossa evolução. Para um bebê, estas experiências necessárias são:

Contato físico permanente com a mãe (ou outro parente familiar ou responsável) desde o nascimento.

Dormir na cama dos pais com contato físico permanente até que o bebê decida o contrário por si mesmo, o que ocorre por volta dos dois anos..

Amamentar em Livre Demanda.

Permanecer constantemente no colo ou junto ao corpo de uma pessoa até que o bebê comece a se arrastar ou engatinhar por si mesmo, o que acontece em torno dos 6-8 meses.

Dispor de pessoas que atendam as necessidades do bebê (movimentos,choros, etc.) sem julgá-lo ou negligenciá-lo.

É importante levar em conta que o bebê não deve ser o centro de atenção o tempo todo, mas ele deve sentir que suas necessidades serão atendidas.

Fazer o bebê sentir e aumentar suas expectativas baseando-se que ele é um ser social e cooperativo inato, ao mesmo tempo incentivar seu forte instinto de auto-conservação. Também é básico que o bebê sinta que é bem vindo e levado em conta.

Os bebês cujas necessidades contínuas são satisfeitas desde o começo, através da experiência de receber “colo” desenvolvem uma grande auto estima e são muito mais independentes que aqueles que foram deixados chorando sozinhos, com medo e que se tornam “manhosos” ou muito dependentes.


(Livre tradução, Lislie)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Blogagem sobre o mamaço

Dia 5 de junho foi comemorado em todo o país o dia do Meio Ambiente. E viva a natureza. Neste mesmo dia, eu e centenas de outras mulheres comemoramos e homenageamos o meio ambiente da forma mais natural que pudémos: amamentando. Um ato natural, instintivo, mas que tem sido tão banalizado, que mereceu um evento a parte neste dia tão especial.
Aqui em Curitiba, fomos cerca de trinta casais com seus filhos mais velhos, bebês, sobrinhos, amigos, e um lindo casal gestante, reunidos em torno de uma atitude que, acreditamos, ser transformadora: amamentar em público.
E fomos abençoados pela Mãe Natureza com um lindo dia de sol e céu azul (coisa rara nos finais de semana de Curitiba). Nosso encontro, chamado de " Mamaço Nacional: Curitiba contou com a presença de várias equipes da imprensa local que, assim como nós consideram a amamentação uma atitude importante e, viram nosso movimento como revolucionário.
Há alguns anos, muitas mulheres quimaram seus sutiãs pelo direito de ter uma vida igual a vida do homem, com direito a voto e trabalhar fora. Foi uma atitude com interpretações tão distorcidas que hoje acumulamos o trabalho doméstico e o trabalho remunerado, além da maternidade.
Há menos de uma semana, nos reunimos em praça pública para queimar paninhos! Para mostrar ao mundo que estamos dispostas a enfrentar todos os olhares maliciosos e preconceituosos para garantir o que há de melhor para nossos bebês, sem paninhos no rosto do bebê, sem sugestões ridículas como "vá amamentar no banheiro", sem olhares de reprovação. Simplesmente alimentar nossos bebês, alimentar de leite, alimentar de calor, alimentar de amor.
Nós da Carinho de Pano apoiamos esse movimento tão importante porque acreditamos que a amamentação prolongada garantirá futuros cidadãos mais saudáveis, fortes de defesas físicas e emocionais, capazes de olhar de forma acolhedora o mundo em que vivemos.
Aqui vão algumas fotos do nosso Mamaço e a lista de pessoas queridas que, ao nosso lado, apoiaram esse movimento.



















Imagens:Emi Photo Art

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mamaço Nacional: Porque amamentar é beleza pura!




Há alguns dias aconteceu em São Paulo, no Itaú Cultural um evento denominado Mamaço. Ele foi organizado pelo Facebook por mães indignadas e solidárias a uma outra mãe impedida de amamentar no interios de uma exposição de arte no local. Dias depois desta mãe ser impedida de amamentar, uma outra mãe teve sua foto de perfil retirada do Facebook sob alegação de conteúdo pornográfico. A foto continha uma linda cena dela amamentando seu filho. imediatamente, essa mãe criou um grupo no próprio Facebook denominado Mamaço Virtual: Porque amamentar é beleza pura e, uniu nada menos que mil mães, todas lutando pelo mesmo ideal, amamentar em público sem serem vistas como ETs, sem serem olhadas com estranheza, nojo ou vulgaridade.
O evento foi um sucesso, reuniu cerca de cinquenta mães e bebês, felizes ao seio de sua mães cendo não só leite, mas carinho e segurança.
Como esse evento aconteceu em São Paulo, mães de todo o Brasil se organizaram e colocarão em prática o movimento virtual, novamente. Porém, será de abrangência nacional, denominado Mamaço Nacional. ele acontecerá em várias cidades do Brasil, listadas abaixo, e contará com a presença de mães, bebês e simpatizantes da causa. A organização foi tão grande, que esse evento não se restringirá apenas a uma encontro. Acontecerão atividades, palestras, debates, oficinas, vivências... Tudo para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê e relembrar a nossa sociedade que amamentar é natural, importante e que não tem hora nem local para acontecer.
Então, participe você também, leve fotos amamentando para colocarmos em nosso varal, leve seu sling e vá dançar coladinha em seu bebê, vamos nos unir pelo direito dos nossos bebês receberem o que há de melhor!
A Carinho de Pano está apoiando o Mamaço Nacional e fará o soteio de brindes para quem estiver presente.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Promoção de Dia Das Mães

E está chegando o Dia das Mães.
Para muitos uma data meramente comercial.
Mas para mim, é uma data muito especial! É o dia em que Eu sou mais importante do que tudo. E sou importante porque tenho duas jóias lindas, Daniela e Alice. Elas fazem de mim uma mulher especial. É com elas que aprendo coisas novas a cada dia. Elas me mostraram o quanto as pessoas são diferentes e tem necessidades diferentes. E devem ser respeitadas por essas condições.
A maternidade me transformou, fez de mim uma mulher forte, determinada e confiante. Mudou minha forma de pensar e ver o mundo. Me tornou crítica e ativa em todos os assuntos que atingem o mundo que quero para minhas filhas. E, me fez ver que o mundo do futuro dependerá delas. Elas são o que vou deixar de melhor para o mundo. E estou caprichando!

Para homenagear, mulheres que como eu são mães apaixonadas por seus rebentos, a Carinho de Pano sorteará na segunda feira, dia 9 de maio um kit de Touquinhas e Cachecol Carinho de Pano. É um lançamento, feito especialmente para bebês de até 9 meses. Produzido em microsoft, super quentinho e charmoso. Tudo de bom para esse inverno!

Para participar basta ser seguidor da Carinho de Pano no Twitter, no Facebook, e no Blog, retwittar a frase a seguir: “Eu quero ganhar um Kit de Touquinha e Cachecol @carinhodepano!” e deixar neste post, nos comentários, seus dados: NOME, ENDEREÇO, NOME E IDADE DOS FILHOS, e uma Frase que melhor descreva seu momento mãe.

O resultado do sorteio será divulgado na terça feira, dia 10 de maio via Blog, Twitter e Facebook.

Participem e Boa Sorte!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por que promover o uso do sling?



Existem muitos argumentos a respeito dos benefícios trazidos pelo uso do sling. Citaremos abaixo alguns deles, além de estudos científicos que comprovam esses benefícios proporcionados pelo uso de carregadores de bebês.

Menos choro
Bebês que são carregados no sling choram menos que bebês que não são carregados. Bebês carregados no sling choram uma média de 43% menos que bebês não carregados, e 54% menos durante a noite, segundo o estudo dos pesquisadores Hunziker & Barr (1986).

Mais sono
O balanço, a temperatura, o ritmo do coração e do movimento e a proximidade facilitam o sono e a extensão do sono do bebê, ao reproduzir as condições do útero.

Melhor desenvolvimento do bebê

Alguns estudos realizados revelam que os bebês se desenvolvem mais rapidamente quando carregados. A mãe ou cuidador responde de maneira mais rápida e eficaz às necessidades do bebê. Estar junto a alguém também traz segurança para o bebê, estabelece um vínculo de confiança entre o adulto e o bebê e pode ajudá-lo a tornar-se independente mais cedo, como afirma o estudo realizado pelos pesquisadores Anisfeld et alii (1990).

Por estarem próximos ao corpo do adulto, além de se sentirem mais seguros, os bebês acompanham o ritmo do adulto que o carrega, facilitando a adaptação fora do útero. Isto tem sido especialmente importante no cuidado com bebês prematuros, no cuidado dos quais se utiliza o “método canguru”, em que a mãe do prematuro permanece com seu bebê junto a seu corpo, reproduzindo o ambiente uterino, como explicita o artigo de Ludington-Hoe & Swinth (1996).

O ambiente uterino automaticamente regula o sistema do bebê e o nascimento provoca uma interrupção nesta auto-regulação. O sling ajuda a recriar estas condições fora do útero estendendo esta experiência por mais tempo. Por exemplo, com o caminhar, o som das batidas do coração e da respiração e a temperatura o bebê está sob os mesmos ritmos que o acompanharam na vida intra-uterina. Isto não só traz segurança para o bebê como o “organiza” e o acalma, facilitando até o estabelecimento de rotinas fisiológicas, como sono e amamentação, e ajuda a estabelecer rotinas comuns entre os cuidadores e os bebê.

Bebês que permanecem muito tempo afastados da mãe ou cuidador precisam muitas vezes se “auto-acalmar”, o que pode provocar comportamentos de choro, cólicas, movimentos de se “auto-embalar”, chupar dedo, respirar e dormir irregularmente, entre outros. Bebês que estabelecem estes comportamentos passam mais tempo se acalmando e têm mais dificuldade de se desenvolver e relacionar-se.

Bebês carregados permanecem mais tempo em silêncio e em estado de alerta, e observam o mundo sob uma ótica diferente do lugar de quem o carrega, e não o teto como quando estão no berço, ou os joelhos das pessoas de dentro do carrinho. Por chorarem e reclamarem menos, passam mais tempo aptos a interagirem melhor com o ambiente e com outras pessoas. O sling permite este contato com outras pessoas ao sentirem-se seguras junto ao adulto. Portanto, utilizar o sling é propiciar um excelente ambiente de estimulação para o bebê.

Um bebê carregado participa ativamente da vida ao seu redor, favorecendo a socialização e o pertencimento deste bebê à vida da família, e ao mundo que o rodeia. O ato de carregar estabelece uma parceria implícita entre a criança e seu carregador. A criança ao participar do cotidiano do cuidador, aprende a reconhecer a disposição e os limites que este vive, favorecendo a empatia e a compreensão.

Previne e auxilia na depressão pós-parto
Estar próximo ao bebê pode também previnir ou ajudar casos de depressão pós-parto, facilitando o vínculo entre a mãe e o bebê, como mostra o estudo feito pelos pesquisadores Pelaez-Nogueras et alii (1996).

Traz benefícios físicos para a mãe e para o bebê

Bebês e crianças solicitam colo. O uso do sling permite que isto aconteça com maior conforto para o cuidador. O formato do sling acomoda a coluna do bebê de maneira mais apropriada que o carrinho ou o berço, além de provocar menos dor na coluna do cuidador ao carregá-lo.

O sling é um facilitador

Em São Paulo, é comum ver mães carregarem seus bebês no colo, utilizarem o transporte público, e realizarem tarefas junto a seus bebês. O sling facilita a realização de tarefas, domésticas ou não, já que libera os braços do adulto, auxilia a locomoção e permite estar junto do bebê sempre que este necessitar.
É sabido que as calçadas não são apropriadas para o uso de carrinhos, e o sling ajuda a mãe no transporte do bebê, além de ser superprático. O sling também permite que a mãe cuide dos outros irmãos. Carregando o bebê, a mãe fica livre para dar atenção às outras crianças.

O sling é uma solução que pode ser feita por qualquer um. Basta ter um pano e você já pode ter um sling.

O sling é chique!
O sling pode ser feito de diversas maneiras e com diferentes materiais, portanto, pode se tornar algo muito criativo e versátil.

O bebê pode ser de todos

O uso do sling permite que não só a mãe seja responsável pelo bebê, mas que o pai, irmãos ou qualquer outra pessoa possa dividir esta tarefa e se responsabilizar pelo bebê também. Neste sentido, o sling promove uma maior democracia familiar!

Favorece a amamentação
Amamentar é essencial para garantir a saúde do bebê. O fato de carregar seu bebê cria condições favoráveis para a sustentação da amamentação, pois o sling permite que a mulher articule melhor suas obrigações, e portanto possa realizar a exigente tarefa de amamentar. A proximidade entre mãe e bebê favorece também a opção de amamentar, pois o bebê têm fácil acesso ao seio. Os bebês são alimentados/se alimentam com mais freqüência por passarem mais tempo com a mãe, diminuindo a possibilidade de bebês com baixo ganho de peso. Algumas mulheres inclusive amamentam no próprio sling. Para alguns bebês, amamentar em movimento os relaxa e auxilia na sucção adequada.

Tem muitas utilidades
O sling pode transformar-se em diversos outros objetos como travesseiro, cobertor, trocador e o que sua imaginação criar!

Referências:
Hunziker, U. A. and Barr, R, G. (1986).
Increased carrying reduces infant crying: a randomized controlled trial. Pediatrics, 77, 641-8.
Anisfeld, E., Casper, V., Nozyce, M. and Cunningham, N. (1990). Does infant carrying promote attachment? An experimental study of the effects of increased physical contact on the development of attachment. Child Development, 61, 1617-1627.
Ludington-Hoe SM, Swinth JY. (1996). Developmental aspects of kangaroo care. Journal of Obstetric, Gynecologic, and Neonatal Nursing, 25, 691-703.
Pelaez-Nogueras M, Field TM, Hossain Z, Pickens J. (1996). Depressed mothers' touching increases infants' positive affect and attention in still-face interactions.
Child Development, 67, 1780-92.

Fonte: http://luzdalilith.blogspot.com/